quinta-feira, 2 de julho de 2009

Preconceito, ainda rola??

Uma flor na nuca, um dragão colorido no braço, uma bola de metal na ponta da língua. Discretos e chamativos, tatuagem e piercing, que um dia foram símbolo de rebeldia, ganham, a cada dia, mais adeptos – inclusive no mundo corporativo. E provocam, entre chefes, as mais diferentes reações. Por isso, segundo especialistas da área de Recursos Humanos, antes de decidir usar uma tatuagem ou um piercing, o profissional deve fazer uma avaliação do grau de conservadorismo de sua área de atuação.
Em áreas mais novas, como internet, telecomunicações e publicidade, o visual pode ser comum. Mas instituições com um perfil mais sóbrio, como bancos, escritórios de advocacia, hotéis e hospitais estão atentos à formalidade na apresentação do funcionário.
Na hora de escolher o lugar, é só dar preferência a locais do corpo fáceis de esconder com a roupa. A panturrilha, a parte interna do antebraço e o ombro são as regiões preferidas dos garotos. Já as meninas tatuam mais o tornozelo, a nuca, a virilha e a base da coluna vertebral.

Ainda que as empresas não divulguem a proibição do uso de tatuagens e piercings, o critério pode acabar sendo usado na hora da contratação. É o que destaca Lisyane Motta, do Núcleo de Defesa dos Direitos da Personalidade. “É algo tão sutil que fica difícil apurar. Por isso acontece muito. É diferente de preconceito de cor ou de sexo, que pode ser detectado numa pesquisa do quadro de funcionários.”
O fato é que, hoje em dia, as tatuagens vão muito além do universo dos velho marujos. Foi-se o tempo em que a tatuagem era símbolo de rebeldia. De tão comum, virou um acessório do corpo.

O mercado está mudando, as pessoas estão evoluindo, mas sempre vai ter aquela tia solteirona que diz que tatuagem é "coisa de maloqueiro". O preconceito existe e é natural do ser humano. Causar boas impressões está além da tatuagem, do piercing, da cor da pele ou do cabelo. Personalidade se forma de dentro pra fora.
A tatuagem pode ser sinal de atitude, ou de fraqueza। O melhor mesmo, é não julgar precipitadamente.

Fontes: Revista Veja Jovem \ Jornal O Globo - Caderno Boa Chance