A famosa máquina de tatuagem sempre causou um grande fascínio entre tatuadores, tatuados e amantes da arte. Nesta matéria faremos uma pequena viagem no tempo para mostra-lhes o surgimento, a evolução, as aplicações, peças e funcionamento desta fascinante máquina de colorir.
Os primórdios
Os esquimós, maoris, samoanos, japoneses, índios assim como outros povos do mundo se tatuam a milhares de anos. Como a máquina de tatuar é uma invenção ressente, estes povos utilizavam diferentes técnicas e materiais como varas de madeira, bambum, ossos, pedras, dentes de animais entre outros. Os trabalhos eram geralmente grandes e muito mais demorados que atualmente. Em algumas técnicas a dor era extrema e existia um grande risco de infecções, porém estas técnicas renderam resultados surpreendentes, sobretudo pela complexidade e beleza das tatuagens produzidas. Alguns povos e até alguns tatuadores, inclusive brasileiros, ainda usam algumas destas técnicas, produzindo belos trabalhos.
A evolução
O processo de evolução das tatuagens passou pelo aperfeiçoamento dos instrumentos utilizados. Pode-se dizer que a nova fase da tatuagem se deu depois da criação da máquina elétrica. Em 1876, Thomas Edison patenteou um dispositivo conhecido como impressora autográfica, que foi criada com a finalidade de ser um dispositivo de gravações em superfícies duras. O equipamento não obteve sucesso comercial. Thomas Edison é mais conhecido como o inventor da lâmpada (apesar de ter patenteado mais de 1300 invenções durante toda a sua vida).Em 1880 Samuel F. O’Reilly, americano residido em Nova York, viu grande potencial na impressora autográfica ou pena elétrica recém inventada por Thomas Edison e incentivado pela demanda por tatuagens mais elaboradas e um método mais rápido, deu ares mais modernos à arte inventando a primeira máquina de tatuagem. Samuel O’Reilly examinou a invenção, adicionou agulhas múltiplas e um reservatório de tinta, mudou o sistema de tubos, fazendo com que a máquina oscilasse eletromagneticamente e permitindo que a máquina movimentasse a agulha, o instrumento era composto de cinco agulhas, mas podia consistir somente uma agulha.Assim no dia 8 de dezembro de 1891 Samuel O’Reilly patenteou a máquina de tatuagem nos Estados Unidos. Samuel O’Reilly faleceu em 1908.
Modelos atuais
A partir da máquina de Samuel O’Reilly outros tatuadores contribuíram para que as máquinas de tatuagem passassem por algumas mudanças e evoluções, chegando aos modelos atuais. Em 1904 Charlie Wagner recebe a patente da máquina elétrica de tatuagem de seu mestre, Samuel O’Reilly. A partir daí faz a patente de uma nova máquina de tatuagem constituída de um par de bobinas. Na década de 20 Percy Waters, aprendiz de Charlie Wagner, patenteia um modelo de máquina de tatuagem no formato das máquinas atuais. Na década de 50 Frank Eliscu Etal patenteia o projeto de um instrumento cirúrgico para a injeção intradermal dos líquidos, o equipamento se assemelha em formato a uma caneta. Carol Nightingale, canadense na década de 70 patenteou o último modelo mais próximo do modelo atual. Hoje em dia encontra-se maquinas em diversos formatos com designs futuristas e materiais mais leves e resistentes, diversas fábricas e marcas espalhadas pelo mundo, porém geralmente baseado no mesmo funcionamento da máquina patenteada na década de 70.
Importante:
A máquina de tatuagem elétrica chegou ao Brasil em junho de 1959, trazida pelo dinamarquês Knud Harld Likke Gregersen, mais conhecido como Luck Tattoo. Em pouco tempo Luck Tattoo já era notícia de Televisão. Foi o Luck Tattoo quem tatuou o dragão no "Menino do Rio", canção de Caetano Veloso. Luck Tattoo é considerado o pai da tatuagem moderna no Brasil.Se você tem interesse em aprender a tatuar, saiba que hoje em dia não se usa mais montar máquinas caseiras para prática da tatuagem. Entre em contato com profissionais experientes, se especialize através de bons cursos, vivencie a arte da tatuagem por um bom tempo em estúdios de qualidade e trabalhe com materiais realmente bons.
Fonte: http://www.portaltattoo.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário